domingo, 19 de fevereiro de 2012
Efeitos Colaterais de VOCÊ
A verdade é que quando te vi hoje, meu coração deu um salto. E
automaticamente desviei meus olhos e fingi não saber que você estava ali.
Todas as vezes que vi, de esguelha, você olhando na minha direção, disse a
mim mesma: “Erga a cabeça, olhe pra cima, o faça notar você, ande!”
Porém é claro que não o fiz.
Afundei dentro de mim mesma o impulso de segurar a manga da sua camisa e
fazê-lo virar pra trás.
O mais estranho é que, por mais nervosa que fique na sua presença, sempre,
sempre e sempre tenho que engolir o sorriso que teima em vir ao meu rosto.
Um sorriso bobo e tímido. De fato, um sorriso apaixonado.
E depois que você desaparece, posso deixá-lo sair. Por isso que, às vezes,
começo a sorrir sem ter motivo.
Quando me pega de surpresa, fico hipnotizada, por meros segundos, fico
sem me mexer. Até que lembro a mim mesma que tenho que respirar.
Não consigo sequer andar normalmente perto de você! Eu coro toda santa
vez que sinto seus olhos em mim, meu estômago dá mortais quando você está
perto.
E meu coração? Há! Pobre dele!
Agora, me pego pensando, quanto tempo conseguirei me segurar? Até
quando vou suportar?
Tenho medo de acabar explodindo.
O fato é que você causa blackout no meu cérebro. E meu coração eu já perdi
pra você faz tempo.
quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012
Nós Dois
- Belo jogo, Sr. Capitão do Time.
E então eu joguei uma toalha em cima dele que, diga-se de passagem, estava
completamente encharcado de suor.
- Obrigada, Sra. Namorada do Capitão.
- E aquele seu gol foi dedicado a quem mesmo?
- A minha Amante nº 2, é claro. Apesar de achar que a nº3 merecia um
também.
- Há-há-há. Que piadinha engraçada.
- Quem disse que é piada? – e, apesar de tentar ficar sério, ele não
conseguiu evitar aquele sorriso brincalhão.
- Anda vai logo tomar banho, pra nós podermos ir.
- Ei, eu não ganho nada? – E ele me puxou pelo braço pra bem perto.
Então eu coloquei minhas mãos no seu rosto, encostei minha testa na dele e
disse:
- Peça a Amante nº2! – e dei um tapinha de leve no seu rosto, fingindo estar
brava – Está de castigo. Já pro banho mocinho! – dizendo isso coloquei
minhas mãos na cintura e apontei para o vestiário.
E, fazendo cara de coitado foi, mas antes de sumir da minha vista, disse:
- Você vai me esperar, não vai?
- Vou pensar no seu caso! – E virei as costas pra ele.
________________________________________________________
Será que ela levou aquela brincadeira a sério?
Nunca sei o se passa na cabeça dela. E isso me irrita. Mas eu gosto disso nela. Sempre me
desafiando a testar os limites, apesar de ser ariscado, sempre vale à pena.
Só espero não ter cruzado a linha dessa vez, sempre que cruzo a linha é um
desastre.
Devo ser um maluco por gostar de estar nesse relacionamento,
devo ser um maluco por ter me apaixonado por uma garota-paradoxo.
Estou vendo-a, está sentada em um banco de costas pra mim. E quando
chego mais perto, vejo que está com a cabeça apoiada na mão e o cotovelo
apoiado no colo.
Dormindo.
Eu demorei tanto assim?
Sento-me ao seu lado.
Como alguém consegue dormir desse jeito?
Se ganhasse o jogo, apostei com ela que tinha que dizer alguma coisa melosa,
pra depois ele debochar de mim. Ela está dormindo agora, a culpa não é
minha se ela não ouvir, então...
- Eu não dediquei aquele gol pra você, eu joguei todo aquele jogo por você.
Apoio as costas no banco e olho pra cima.
Ótimo, me livrei dessa.
- Nada mal, Sr. Capitão. Quase, mas quase mesmo, vomitei arco-íris.
Quando olho, lá está ela sentada de lado olhando pra mim. E rindo.
- Ei! Isso não vale! Fingir que estava dormindo! Foi roubo!
- Nada disso, você que queria roubar pagando a aposta enquanto eu fingia
dormir!
- Rá! Então você estava mesmo fingindo!
- Estando ou não, você disse e eu repito: - então ela limpou a garganta e faz
a pior imitação da minha voz possível – “Eu não dediquei aquele gol pra você,
eu joguei todo aquele jogo por você.” Que gracinha!
- Ah.. Eu...
- Está vermelhinho!
E ela ria e, apesar de estar envergonhado, não era ruim.
________________________________________________________
Simplesmente amo deixá-lo envergonhado. É fofo demais.
Mas as vezes acho que sou malvada demais com ele. Que forço demais. Que sou
fria demais.
Apesar de estar apaixonada, finjo não estar. Na maior parte do
tempo pelo menos.
Bom, hoje ele merece uma colher de chá.
Levanto e o puxo comigo. Encosto minha cabeça no seu ombro e entrelaço
nossas mãos.
- Muito bem, minha vez de ser a boba apaixonada. Está com sorte hoje
Romeu. Serei uma Julieta boazinha.
Assinar:
Postagens (Atom)