sexta-feira, 20 de julho de 2012

Amigo


Você é personificação da inconveniência, sempre me põe nas situações mais
constrangedoras possíveis, está sempre lá para dizer: “bem feito” ou “eu te
disse” quando faço alguma merda, vive me perturbando, procurando malícia
em qualquer “a” que digo só para fazer aquele seu maldito “hummmm”
ridículo!
Naquele momento seriíssimo você faz aquela careta que sabe que me faz rir!
Tem o descaramento de me colocar no meio de todas as loucuras que você
apronta, e ainda diz que a culpa é minha!
E o mais inacreditável!!!!!
Está sempre comigo.
Comigo. Um ser estranho e maluco perdido em si mesmo que tenta dar uma
de forte, mas não consegue se enganar. Às vezes me pergunto o por que. Eu
não me agüentaria do jeito que você faz. Como pode suportar meus ataques
histéricos, os meus momentos de raiva, a minha melancolia?
Eu não vou dizer que você é um anjo porque... Pelo amor né! Você tem a
graciosidade e candura de um gorila!!!
Mas um gorila que vai bater no peito e mostrar os dentes pra qualquer um
que tente me machucar.
Eu nunca fui muito boa em dizer coisas doces pra pessoas importantes pra
mim. Eu sempre acabo fazendo metáforas horríveis. Mas é que eu não
consigo, não consigo dizer direito.
Me desculpe, por não dizer isso sempre, mas...
Obrigada, amigo. E lembre-se: “ És eternamente responsável por aquilo que
cativas.”
Ou seja, não vai se livrar de mim tão cedo querido!





quinta-feira, 19 de julho de 2012

Chorar


Sim, eu chorei.
Chorei por você, acredite. Por que fiz isso? Sei lá, acho que sou chorona
mesmo.
Porém, por um momento eu pensei que as lágrimas poderiam levar com elas
esse sentimento. Algumas vezes também pensei que se chorasse eu poderia
esquecer tudo. Já imaginei que se chorasse muito gastaria todas as minhas
lágrimas e nunca mais precisaria chorar.
Bom, acho que meu estoque é infinito.
Ei, não pense que sempre choro por gostar de você! Na maioria das vezes,
choro de raiva. Por sua estupidez e minha covardia.
No entanto, o que mais me impressiona é como eu choro por coisas alheias a
mim. A felicidade e tristeza das pessoas ao meu redor sempre me comoveu
mais.
Isso é bom?
Nunca gostei de chorar na frente de alguém, mas ultimamente tudo está
bagunçado, por sua culpa. Enfim, chorar na frente de alguém faz com que eu
me sinta frágil demais, quebrável...
E sempre achei engraçada a reação das pessoas ao meu choro. Nunca sabem
o que fazer.
Isso, quando percebem que estou chorando.
Muitas vezes choro, mas meus olhos não ficam vermelhos e nem uma gota
escorre pelo meu rosto.
Esse é o pior de todos, o que mais precisa ser acalentado, o silêncio.
Uma vez eu ouvi: “O silêncio é o choro mais alto de uma garota”
Certamente é o mais alto, porém, por que você não escuta?

domingo, 15 de julho de 2012

Indesejado


Já se sentiu indesejado? Sabe, como se não quisessem você ali, mas tivessem
muito pena para dizer isso na sua cara.
E então primeiro você pensa: “Devo estar imaginando coisas, deve ser isso.”
Até que se torna algo tão estupidamente óbvio que você não pode mais se enganar.
E eu passo a me perguntar: “Por que simplesmente não disse que não precisava de
mim?” Teria doído muito menos. Na verdade, até uma facada pelas costas teria
doído menos.
Mas você, não! Você fez tudo de modo que todos pudessem ver, mas ninguém
pode enxergar. Admito, foi muito esperto da sua parte. E eu fui ingênuo.
E agora eu quero muito, muito te encher de pancadas. Até você sangrar. Quem
sabe assim você não chegue perto de se sentir assim.
Frustração. E muita raiva de mim mesmo. Por realmente ter pensado que você
gostava de mim.
Agora, toda vez que me lembro do seu sorriso tenho vontade de cuspir em você.
Graças a você senti-me um lixo, a escória, algo totalmente desnecessário. E ainda
me sinto.
Só espero que o tempo faça isso passar.


E mais uma coisa, posso estar me sentindo um fracasso, posso ainda não ter
recuperado meu orgulho, mas tenha absoluta certeza que, até essa ferida sarar,
quando te olhar toda a minha dor se reverterá em desprezo exclusivo a você.




terça-feira, 3 de julho de 2012

Amor, na época dos Príncipes


Quando me contaram sobre amor, que era algo inexplicável, maravilhoso e mágico
eu, ignorante, sorri e pensei: “Pobres tolos apaixonados, logo, logo isso passará”.
E eu estava certa.
O encanto inicial passou e eles se tornaram tristes e frustrados. E me disseram:
“Eu é que não vou mais me apaixonar! Não vale a pena!” e então pensei comigo: “É
claro, até a próxima vez.”
E novamente eu acertei.
Hoje em dia, essas pessoas sorriem, sofrem, amam, odeiam, invejam, mas eu digo
com toda certeza que no fim elas terão a plena certeza de serem felizes. E que
quando a hora chegar, não dirão mais “estou apaixonado” e sim “sou apaixonado”,
pois encontrarão o amor do qual me falaram aquele dia quando eu ainda
acreditava em príncipes.
O amor estúpido, inesgotável, imperfeito, divertido, doloroso, insubstituível e
eterno.
Eu esqueci os príncipes a muito tempo atrás, porém esse amor, não consigo deixar
como uma lembrança da infância. E vou manter minha crença neste amor.
Afinal, temos que nos manter com a cabeça um pouco nas nuvens, pois nossos pés
já são firmes demais.